Communiqués de presse

Dia da Criança: 7 conselhos para um uso inteligente da tecnologia

  • Os pais podem ser verdadeiros influencers para encorajar um uso responsável e autóno-mo das tecnologias entre os mais novos.
  • Dotar as crianças de ferramentas e encontrar um equilíbrio entre os benefícios e os riscos do uso da Internet é fundamental.

 

Lisboa, 27 de Maio de 2021: Na próxima terça-feira, dia 1 de junho, celebra-se o Dia Internacional da Criança, e aCelside Insurance, líder na Europa em seguros para telemóveis, multimédia e outros dispositivos conectados, parti- cipa neste movimento promovendo um uso inteligente da tecnologia entre os mais novos.

Se as crianças de hoje são autênticos nativos digitais, navegando este ecossistema com desenvoltura, os pais e as mães não devem subestimar o seu papel enquanto referências, enquanto verdadeiros “influencers” para os seus filhos. De acordo com os especialistas, os pais têm uma oportunidade e uma responsabilidade para educar atravésdo exemplo para o uso consciente e saudável do telemóvel.

Segundo o inquérito EU Kids Online 2020, um estudo sobre a vida digital de crianças e jovens de 19 países euro-peus, a maioria das crianças utiliza o seu smartphone diariamente ou “quase sempre”, um aumento significativo em relação aos resultados do inquérito de 2010, onde a maioria dos inquiridos acedia à Internet a partir de um PC partilhado com a família, normalmente instalado numa zona comum da casa, e logo, sob supervisão parental.

Smartphone é o preferido

Segundo o estudo, cujo objetivo era mapear o acesso online, as práticas, ferramentas, riscos e oportunidades do uso da Internet entre as crianças europeias, o tempo que as crianças passam em média, online, varia entre as 2 horas (Suíça) e as 3 horas e meia (Noruega).

E como acedem? Sobretudo através do smartphone, um dispositivo de uso individual e que por essa razão escapamais facilmente ao controlo parental.

Em Portugal, 80% das crianças entre os 9 e os 16 anos usam o smartphone para aceder à Internet pelo menos uma vez por dia, e a 56% fá-lo várias vezes ao dia ou todo o tempo. Segundo o estudo, as raparigas têm maior probabilidade de aceder à Internet várias vezes por dia do que os rapazes.

Tal pai tal filho

Segundo o estudo EU Kids Online 2020, as crianças portuguesas passam em média cerca de 3 horas (178 minutos) online por dia (a média europeia é de 167 minutos). Um comportamento semelhante ao dos adultos portugueses que, segundo o Barómetro de Vida Digital dos Portugueses, inquérito realizado em Fevereiro de 2021 pela Celside Insurance, passam em média 2,9 horas por dia a interagir com o seu smartphone.

Na maioria dos países, menos de 10% das crianças referiu ter sido vítima de bullying online pelo menos uma vez por mês. 22% das crianças portuguesas respondeu ter tido uma experiência negativa online no último ano, ainda assim abaixo da média europeia (25%).
Os pais continuam a ser a maior fonte de ajuda quando algo que acontece online perturba as crianças.

Uso inteligente

Se é verdade que a Internet traz muitíssimas oportunidades, com essas oportunidades vêm também riscos que não podem ser descurados. Por isso é fundamental o papel dos pais enquanto mediadores de um uso inteligente das tecnologias, dando o exemplo, partilhando, acompanhando e persuadindo, e estimulando uma consciência crítica nos seus filhos. Só assim conseguiremos ter crianças mais responsáveis, autónomas e felizes na utilização da Internet.

Aqui ficam 7 dicas para um uso inteligente da tecnologia para pais e filhos:

1. Partilhar: A mediação ativa é uma ferramenta essencial. Falar abertamente com as crianças sobre o uso da Internet, partilhar atividades online, explicar as vantagens da Internet e também o que pode correr mal. A mediação activa é especialmente eficaz porque implica uma partilha e um conhecimento por parte dos pais das ferramentas digitais, que por sua vez transmitem essa experiência aos filhos, preparando-os para melhor lidarem com todo o tipo de situações online.

2. Monitorizar: Embora segundo os estudos poucos pais efetivamente a utilizem, a monitorização (ou controlo parental) é uma estratégia que permite aos pais saberem o que os filhos fazem e onde se movem online.

3. Dar o exemplo: Os pais são os primeiros influencers e um exemplo vale mais que mil palavras. Se estabelecemos regras para os nossos filhos, devemos aplicá-las também a nós próprios. Por exemplo, os espe-cialistas recomendam evitar o sharenting (parenting+ sharing, ou seja a partilha exagerada de conteúdos com os nossos filhos, o que no fundo expõe a sua privacidade) e estabelecer momentos de desconexão (por exemplo: não há telemóveis durante as refeições).

4. Aprender a desconectar: Uma boa gestão/configuração das notificações, para que não nos distraiam continuamente, é fundamental. O telemóvel tem muitas vantagens, mas é preciso usá-lo com cabeça.

5. Aproveitar a companhia dos amigos e família: a tecnologia aproxima-nos, mas nada substitui a intera-ção no mundo físico, uma gargalhada, um programa em família. Se estamos em família ou com amigos, temos deaproveitar o momento e deixar o telemóvel de lado.

6. Fora haters: A tecnologia em si não é boa ou má, tudo depende do uso que lhe damos. Por isso é importante ser amável, tolerante e empático nas redes e recusar os insultos e o bullying, e não partilhar ou ali-mentar conteúdos ofensivos.

7. Segurança acima de tudo: é fundamental cuidar da segurança do telemóvel e das aplicações para para salvaguardar a nossa privacidade.

Foto de Kelly Sikkem para Unsplash